Um Mito no Tennis Mundial
Ver Roger Federer jogar é um privilégio. É como ler uma poesia bem escrita, os sets se confundem com estrofes, os games com versos e os pontos com palavras. Ver a eficiência mesclada com a beleza de movimentos perfeitos me remetem Michael Jordan no basquete. Saber que tanta arte venceu metade dos Grand Slam's disputados desde 2003 é gratificante.
Para muitos entendedores do tennis ele é o maior da história. Para os leigos também, é possível ligar a TV e mesmo sem entender nenhuma regra ou sequer gostar do esporte se encantar com sua maneira de jogar.
Entre 2003, ano que Federer venceu seu primeiro Grand Slam e 2010 foram disputados 32 torneios desse tipo, 16 vencidos por ele. Sem contar que participou de 22 finais e também venceu 5 torneios dos campeões da ATP, torneio que não vale pontos ao ranking mas é disputado pelos 8 melhores tennistas da temporada. Se você encurtar a amplitude de anos se consegue números ainda mais impressionantes, entre 2004 e 2007 ele venceu 11 dos 16 Grand Slam's disputados.
Peço licença a Carlos Drummond de Andrade para escrever sobre Federer o que ele escreveu sobre Garrincha :Se há um deus que regula o tennis, esse deus é sobretudo irônico e farsante, e Federer é um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios.
Atualmente Roger Federer não é o número um no ranking de campeões na ATP, é o número 2. Mas é o recordista de dias na primeira posição do ranking, é também o recordista de títulos em Grand Slam's, 16.Talvez quem veja o Federer jogar a partir de agora não verá tanta eficiência, pois o fim da carreira se aproxima, mas assistir seus jogos e ver-lhe "inventar" pontos é algo que poderá ser visto por mais tempo, afinal, talento não se desgasta com o tempo.
Roger Federer é, para mim, o melhor tennista de todos os tempos.
6 comentários:
''É como ler uma poesia bem escrita, os sets se confundem com estrofes, os games com versos e os pontos com palavras.''
2 de dezembro de 2010 às 13:42Texto maravilhoso.
Federer é simplesmente fantástico. E os fãs do Nadal que me desculpem, porque, apesar de tudo, tá pra nascer a revelação que vai derrubar esse gigante!
2 de dezembro de 2010 às 18:06Nadal é bom. Federer é O Bom.
2 de dezembro de 2010 às 21:57Curto demais ver o jogo do Nadal também e até torço mais por ele hahaha Mas o talento do Federer é indiscutível. Costumo falar que o Nadal joga muito, mas depende muito do seu físico e ele joga tanto porque, pelo que me parece, treina demais e sempre treinou. Agora o Federer é aquele talento natural, ele nem parece fazer esforço para jogar.
3 de dezembro de 2010 às 20:32Federer realmente deve ser o melhor de todos os tempos.
É, Totô, quando eu falo que tu tá no curso errado, tu não acredita! hahaha Genial teu texto, mano, assim como Federer também o é. Particularmente, não acompanho tênis, mas só de ouvir as manchetes ao longo desta década, deu para ter uma noção mínima do que Federer representa para o esporte. Essa reportagem do JN que vi no ano passado e que nunca me esqueci, traduz o que quero dizer:
8 de dezembro de 2010 às 00:16http://www.youtube.com/watch?v=_i5ySaAE2-A
Totô? haha! Ah, os cursos são próximos em conteúdo incial pelo menos, mas tem muitas coisas do jornalismo que eu não concordo, prefiro escrever sem essa "credencial". Torço para que formem muitos jornalistas à sua maneira.
8 de dezembro de 2010 às 12:59Postar um comentário