quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O "15º título" vem aí?




Mais uma Taça Libertadores está chegando! O torneio mais tradicional e importante da América vai para a 51ª edição e sempre acompanhado de grandes novidades e duelos promissores. Como de praxe, os grandes clubes argentinos e brasileiros polarizarão a competição e as frágeis equipes de países como Peru e Bolívia disputarão o título de “saco de pancadas” do ano. A Argentina possui 27 títulos contra 14 do Brasil. Praticamente o dobro de conquistas. Na última década, houve uma sutil supremacia dos hermanos. Cinco contra três dos brasileiros. Números consideráveis...

Mesmo sem os principais palcos brasileiros – Maracanã, Mineirão e Morumbi estão interditados para reformas visando a Copa de 2014 – ainda assim, teremos boas atrações para este ano. O maior recordista de títulos do torneio está de volta. Depois de sete anos longe da Libertadores, o heptacampeão Independiente-ARG está confirmado no grupo 8... E com quem? O soberano do Uruguai, Peñarol. Vencedor de cinco edições (só atrás do Independiente e do Boca Juniors), a equipe uruguaia promete esquentar a competição. A recém papa-títulos e carrasco do Fluminense, LDU, e o novato argentino Godoy Cruz, completam um dos grupos popularmente conhecidos como “da morte”.


E os brasileiros? Como estão preparados?


Como todo técnico, torcedor e jogador falam: “Time que quer vencer a competição, não deve escolher adversário”. Mais clichê que isso no âmbito do futebol é difícil, porém, tem fundamento mesmo. Inevitavelmente, caminhos mais fáceis e tortuosos acabam surgindo para os representantes do Brasil em qualquer edição do torneio, em virtude do habitual sorteio da Conmebol. Este ano, os gaúchos deram “mais sorte” que os outros brasileiros. O Grêmio terá como companhia os inexpressivos Junior de Barranquilla, León de Huánuco e Oriente Petrolero, já o Inter terá pela frente o Emelec, Jorge Wiltermann e o Jaguares. Porém, mesmo com os frágeis adversários pela frente, o prognóstico gaúcho não é dos melhores...


Mesmo sendo o atual vencedor da Libertadores, o Inter não vem bem desde a recente conquista. A saída do jovem e craque da edição passada, Giuliano, potencializou ainda mais o mau momento colorado.


O Tricolor Gaúcho começou o ano com o “pé esquerdo”. Após a frustrada negociação com Ronaldinho Gaúcho, os torcedores do Grêmio ainda viram o time perder seu artilheiro Jonas, negociado praticamente de graça para o Valencia, por razões políticas, há de se ponderar.


Fluminense e Cruzeiro não terão vida fácil. O Tricolor Carioca, que busca seu primeiro título continental na história, estará no grupo 3 com América-MEX, Argentinos Juniors e o sempre presente Nacional-URU. Com esta finalidade, o clube das Laranjeiras deposita as esperanças no grupo campeão brasileiro de 2010. Pela força da equipe é sim, credenciado a um dos favoritos, todavia ainda falta o principal para o elenco tricolor. Experiência.


Já o time mineiro, as esperanças de sempre. A “espinha-dorsal” da equipe foi mantida mais uma vez e a confiança no entrosamento ainda serve de alento para os torcedores acreditarem no tricampeonato. A saída precoce, humilhante e histórica do Corinthians ainda na fase preliminar, não irá significar vida fácil para os cruzeirenses. O Tolima mostrou equilíbrio tático e vai dar trabalho para o Estudiantes e a Raposa. Guarani-PAR deverá ser o coadjuvante do grupo.


A volta do Santos na Libertadores é o grande destaque. No grupo 7 com o Cerro Porteño, Colo-Colo e Deportivo Táchira, o Peixe espera quebrar uma escrita de 47 anos e novamente se sagrar campeão continental pela terceira vez em sua grandiosa história. E, pelo jeito, não está tão distante assim... Neymar, Ganso, Elano, Maikon Leite... Este time promete. Será que a camisa 8 será imortalizada?


REDENÇÃO – CRUZEIRO


Leveza. Pode ser um dos substantivos para caracterizar o início de 2011 para o Cruzeiro. Sem tantas alterações drásticas no elenco, o representante mineiro na Libertadores segue acreditando na boa base da Era Adilson. Fábio, Fabrício, Marquinhos Paraná, Henrique, Thiago Ribeiro... Velhos conhecidos da torcida celeste (pelos padrões atuais), esta boa relação ou, no mínimo, de “intimidade” pode ser a “arma” cruzeirense para este ano. As chegadas do zagueiro uruguaio Victorino e do atacante paraguaio Ortigoza devem qualificar ainda mais a equipe. A saída do lateral-direito Jonathan pode ser sentida, caso não haja um substituto do mesmo nível. Outro problema que o Cruzeiro deve enfrentar é a ausência de um centroavante de “peso” no time titular.


TIME-BASE: Fábio; Rômulo (Pablo), Léo, Victorino, Diego Renan; Fabrício, Henrique, Gilberto e Montillo; Thiago Ribeiro e Wellington Paulista. Técnico: Cuca.


POR UM “2007” MAIS FELIZ – GRÊMIO


A saída do artilheiro Jonas foi um “baque” para os torcedores gremistas, ainda mais coincidindo com a vinda frustrante do astro Ronaldinho Gaúcho. Mas a diretoria demonstrou que comodidade e inércia não fazem parte do seu trabalho. As vindas de Escudero, Carlos Alberto e Rodolfo mostraram que o clube ambiciona algo mais. Comparado com os outros representantes brasileiros, o time titular do Grêmio parece ser razoável. Algumas peças interessantes como o goleiro Victor e o armador Douglas. Talvez estejam um pouco atrás do Fluminense, Santos e Cruzeiro. Mas tradição não falta para os tricolores gaúchos. E Renato Gaúcho sabe muito bem disso...


TIME-BASE: Victor; Gabriel, Paulão, Rodolfo e Gilson; Fabio Rochemback, Adilson, Lúcio (Carlos Alberto) e Douglas, Viçosa (Diego Clementino) e André Lima. Técnico: Renato Gaúcho.


EM BUSCA DO BI – INTER


Apostar em gringos costuma ser uma boa alternativa em competições continentais para os times brasileiros. Parece que o Inter entendeu o recado até demais. O volante Bolatti, aquele mesmo autor do gol da classificação argentina para a Copa do Mundo de 2010, e o atacante Hermano Cavenaghi, ex-River Plate, Bordeaux e Mallorca foram as contratações mais bombásticas do Inter. O meia-atacante Zé Roberto, ex-Vasco, veio para substituir Giuliano, transferido para o futebol ucraniano. D’Alessandro continua sendo a esperança colorada. Dois bons motivos para conquistar a Libertadores rondam o Beira-Rio Três títulos da Libertadores em um intervalo de cinco anos não só daria a hegemonia ao Internacional, ao lado do São Paulo, como ultrapassaria seu maior rival, também bicampeão do torneio. O “10” argentino não vai estar sozinho nesta missão. Nomes como Rafael Sóbis, Guiñazu e Tinga serão seus fiéis escudeiros para repetir o feito do ano passado.


TIME-BASE: Lauro; Nei, Bolívar, Sorondo, Kléber; Guiñazu, Tinga, Bolatti (Zé Roberto) e D’Alessandro; Rafael Sóbis e Cavenaghi. Técnico: Celso Roth.


ÁGUAS PASSADAS – FLUMINENSE


Muricy Ramalho: Tetracampeão brasileiro, uma Copa Conmebol, cinco Estaduais... Nunca venceu a Libertadores. Fluminense: Tricampeão brasileiro, uma Copa do Brasil e inúmeros Campeonatos Cariocas... Mas jamais conquistou a Libertadores. A combinação perfeita? 2010 deu certo, o que esperar para a nova temporada? O maestro Conca continua na equipe, que agora terá o artilheiro Fred de volta, após um ano marcado por lesões crônicas. Diego Cavalieri veio para dar mais segurança a meta do Tricolor Carioca. Edinho e Souza vieram buscar seus espaços no meio-de-campo. Araújo e Rafael Moura formarão a dupla de ataque reserva. Um elenco meticulosamente criado e com todo o potencial para entrar definitivamente na história do Fluminense. 2008? Jamais.


TIME-BASE: Diego Cavallieri; Mariano, Gum, Leandro Euzébio, Carlinhos; Diguinho, Edinho (Deco), Souza e Conca; Émerson e Fred. Técnico: Muricy Ramalho.


A VOLTA PARA A GLÓRIA – SANTOS


Octacampeão nacional, após o reconhecimento oficial da CBF. Bicampeão da Libertadores na Era Pelé e a um título de igualar o Tricolor Paulista. Com a legião de bons jogadores no time principal, será que finalmente o Santos quebrará a escrita de 47 anos sem um título continental sequer? Com os talentosos Neymar e Ganso, o experiente Elano, os “braços-direitos” Jonathan e Charles e o arisco Maikon Leite, realmente não é difícil de acreditar. O elenco é poderoso e o favoritismo paira na Vila Belmiro. Apesar dos tradicionais Cerro Porteño e Colo-Colo, a fase de grupos não deverá tirar tanto o sono do Peixe. Resta saber se a versão 2.0 santista não irá sucumbir e adiar o sonho do tricampeonato e da consagração definitiva.


No 4-3-3:


TIME-BASE: Rafael; Jonathan, Edu Dracena, Durval, Léo; Arouca, Elano e Ganso; Maikon Leite, Neymar e Keirrison. Técnico: Adilson Batista.


No 4-4-2:


TIME-BASE: Rafael; Jonathan, Edu Dracena, Durval, Léo; Arouca, Charles, Elano e Ganso; Neymar e Keirrison (Maikon Leite). Técnico: Adilson Batista.

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