terça-feira, 30 de novembro de 2010

"Crônica F.C." - Sem mentiras, por favor.

Bom para quem não sabe, o Cruzeiro organizou esse concurso aqui para jovens jornalistas. E os jornalheiros Matheus e Guilherme mandaram seus textos para a competição.

Confira agora o texto do Pedrosa.


"Jornalistas, por que tanto suspense? Chuteiras, campos e bolas desde sempre compõem nosso vocabulário. Defesas, dribles e gols há tempos constroem nosso imaginário. O futebol é a expressão mais fiel do brasileiro, nosso porta-voz de sentimentos e paixões.

Com o jornalista esportivo não é diferente. Tal relação é até mais profunda, pois é justamente o esporte e a paixão que sustentarão sua carreira profissional. No entanto, em nome de uma pseudo-imparcialidade parte desses profissionais nega e omite suas predileções futebolísticas.


Acabam se esquecendo que uma das premissas do jornalismo é a verdade. Tentar ludibriar o público em nome de uma imparcialidade inalcançável é navegar por um caminho que não é correto. Primeiro, pois a própria imparcialidade é um mito, já que cada ser humano tem seus pontos de vista e experiências. E é impossível se livrar deles. Segundo, porque é como se fosse descartado tudo aquilo que antes alimentou o sentimento de amor pelo futebol. Todas as alegrias, tristezas, gols e histórias que compõem o íntimo do indivíduo que se tornou jornalista. Mas que antes de tudo é um torcedor.


O elemento primordial da crônica esportiva deve ser o conteúdo e a informação de qualidade. Armando Nogueira, Tostão e Paulo Vinícius Coelho são grandes exemplos disso. Suas paixões por Botafogo, Cruzeiro e Palmeiras, respectivamente, não os impediu de realizarem um trabalho sério e respeitado. Armando e Tostão são ícones para qualquer um que pensa em ser cronista hoje em dia. Já, PVC é dos mais talentosos jornalistas da nova geração. Admitir a preferência por esse ou aquele clube, não os tornou melhores ou piores jornalistas, não fez diferença em suas crônicas, notícias ou reportagens.


A qualidade do trabalho, sim.


Portanto, é muito mais digno deixar tudo às claras, acabar com os suspenses e admitir predileções clubísticas do que cometer obscuridades que nada acrescentam. É bacana amar seu clube, mas mais importante ainda é respeitar nossa profissão."


É. Polêmica à vista.

1 comentários:

Lari Reis disse...

Então, meninos, eu também participei e tenho a mesma opinião. Tô esperando para ver o texto da menina que ganhou para saber se ela concorda com a gente. Durante a semana antes do concurso, conversei com algumas pessoas e achei curiosos o fato de muitas acharem que o jornalista esportivo deve esconder o clube de coração...

1 de dezembro de 2010 às 18:51

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