domingo, 14 de novembro de 2010

“Crônica F.C.” – Não precisava ser assim...

Aviso prévio: tanto faz se você é corintiano, cruzeirense ou seja lá qual for seu time. Esteja à vontade para concordar ou discordar das palavras abaixo, mas, se for comentar, faça o favor de argumentar que nem gente grande. QUALQUER demonstração de ofensividade e o comentário vai ser deletado sem dó nem piedade. Sim, somos ditadores.

Escrevo este post sob uma carga emocional enorme, portanto perdoem este blogueiro pelo tom de desabafo. Não é porque meu time acabou de perder o jogo que, possivelmente, decidiu quem vai ser o campeão brasileiro de 2010, mas sim porque um dos meus heróis de infância protagonizou um dos episódios mais vergonhosos e ultrajantes que eu já vi contra o Cruzeiro Esporte Clube.

Empatado com o Corinthians em número de pontos, o time azul-estrelado viajou a São Paulo confiante. E os alvinegros, à frente na tabela pelo critério dos gols a favor, não desejavam menos a vitória. Para uma partida tão importante, já no fim do torneio e entre dois postulantes ao título, a CBF escalou aquele que, até então, era o melhor árbitro e revelação do campeonato: Sandro Meira Ricci.

Pena que, depois da partida, a única “revelação” apresentada por este distinto senhor foi a mancha irremediável em sua honra daqui por diante.

São 41 minutos da etapa complementar. A pressão é gigantesca para os dois times, uma vez que o empate é ruim para ambos. Jorge Henrique atacava pela esquerda, cercado por Jonathan. Tinha espaço para partir para cima do lateral, mas enxergou um dos maiores centroavantes da história do futebol mundial se movimentando em direção ao gol.

Veio o cruzamento. A bola, em trajetória descendente, tinha endereço certo: o peito de seu amigo de longa data, Ronaldo. Mas o zagueiro Gil, nem um pouco disposto a se tornar um mero espectador do lance, saltou para disputar a bola com o Fenômeno. Veio o choque. Veio a queda. Veio o pênalti para o Corinthians, e, com ele, a minha decepção.


É difícil falar isso pra alguém que, com 4 anos de idade, tinha um amigo invisível chamado Ronaldinho. É difícil, pra quem tinha 9 anos de idade na final da Copa de 1998 e chorou porque o melhor jogador da seleção tinha passado mal, admitir que justo ele tenha sua parcela de culpa num ato tão canalha quanto o do juiz.

Bem antes, o cruzeirense Thiago Ribeiro sofreu duas ou três tentativas de assassinato ao invadir a área adversária, quase quebrando o pé em uma delas. Mas, além de não ter marcado pênalti, o senhor Sandro Meira “Todo-poderoso Timão” Ricci ainda lhe deu cartão amarelo. Talvez a história fosse outra, caso se tratasse de um jogador de renome internacional... TALVEZ. Mas Thiago Ribeiro NÃO joga em um clube do eixo Rio-São Paulo.

Mas e quando a “vítima” é o maior artilheiro da história das Copas, melhor jogador que incontáveis pessoas ao redor do mundo viram em atuação e com passagens vitoriosas em todos os clubes onde jogou? Tá certo que o Gil é o zagueiro mais estabanado do elenco do Cruzeiro, mas houve um choque normal e o Ronaldo perdeu o equilíbrio. Como o Sandro Ricci se comportou diante disso? Conta pra gente, Cosme Rímoli:

Ronaldo gritou, cobrou o árbitro, como se fosse um chefe falando com um subalterno.

E Sandro resolveu marcar pênalti.

Nem os jogadores corintianos acreditaram.

Até os torcedores estranhavam tamanho presente.

Pênalti marcado.

Ronaldo, frio com uma pedra de gelo no lugar do coração, fez o gol e não quis nem saber da estranha injustiça.


Fonte: http://migre.me/2csn8

Acreditem, corintianos, palmeirenses, são-paulinos, flamenguistas, vascaínos, e, em menor escala (por acontecer com menos frequência), tricolores, botafoguenses e santistas: ninguém mais no Brasil, principalmente aqui em Minas e no Rio Grande do Sul, aguenta mais usar o termo “eixo do mal” para se referir aos clubes do Rio e de São Paulo. Sabemos (quer dizer, eu pelo menos sei) que a culpa da sem-vergonhice dos árbitros não é de vocês, torcedores. Mas, pelo amor de Deus, será que dá pra entender que nós estamos de saco cheio de ver nossos times sendo OPERADOS quando vamos jogar contra vocês? Será que tem graça sair trêbado na rua, gritando “É CAMPEÃÃÃÃÃO” e fazendo algazarra, quando seu time “É CAMPEÃÃÃÃÃO” na base da trapaça?

E o pior da história é que, para ser campeão, um time com a grandeza do Corinthians não tem a menor necessidade de juízes prestando vassalagem ao Ronaldo. Eles têm lá o Roberto Carlos, que é o melhor lateral-esquerdo do mundo dos últimos 15 anos, pelo menos. Têm o Bruno César, o melhor armador brasileiro do campeonato (visto que o Ganso tá machucado e os outros três são argentinos). Têm Elias e Jucilei, dois volantes de nível de seleção. Jorge Henrique, William, Júlio César...

Enfim, perdoem por mandar a imparcialidade para o inferno, acho que é por essas e outras que o apelido “Timão” é por causa do timão de navio no escudo: por causa desses juízes corrompidos que mancham as glórias dos clubes. Por mim, a foto do Márcio Rezende de Freitas já devia aparecer no hall dos campeões do Corinthians, em função do título de 2005. E, se ganharem de novo esse ano, não esqueçam de mandar a medalha pro Ricci.

16 comentários:

Giovana do Valle disse...

Pois é. Mesmo acostumados e esperando o favorecimento da arbitragem para os times mais populares do Rio e São Paulo, é impossível conter a revolta! O Corinthians hoje está com um elenco muito bom, merecedor de respeito e do título até. Porque acredito que o que aconteceu ontem não tem nada a ver com os jogadores... O Ronaldo ainda é meu ídolo e sempre vou admirá-lo. Ele é um fenômeno! Mas quem manda na partida é o árbitro e a culpa de toda a bagunça desse jogo foi do Ricci. Os juízes, mais do que qualquer um no mundo, tem que ser imparciais e éticos! Portanto, seja por medo dos torcedores ou qualquer acordo obscuro feito entre poderes maiores: é uma vergonha ter esse tipo de coisa no futebol brasileiro.

14 de novembro de 2010 às 14:25
Matheus Killer disse...

Giovana, seu comentário foi um resumo perfeito de tudo o que eu quis dizer com a crônica. Jamais poderíamos culpar o Ronaldo por ele ser o que é, por representar o que representa para o futebol em si. O problema é quando o juiz abaixa a cabeça, presta reverência a um jogador desse nível e, com isso, acaba com todo o trabalho de um time ao longo do campeonato.

Obrigado pela participação e continue frequentando o blog =)

14 de novembro de 2010 às 14:39
Gabriel Gama disse...

Matheus e Giovana,

Ficou claro, na partida de ontem, que o grande problema não foi "SÓ" a arbitragem ou o referido juiz... Mas sim, o Corinthians!

Não sejamos ingênuos... Sabemos que o Corinthians e outros por aí (leia-se Flamengo) tem um VASTO HISTÓRICO de polêmicas, roubos (roubos, mesmo) e falcatruas!

O post ficou muito bom, Matheus! Resumiu bem! Mas não podemos nos esquecer desta parte. O que aconteceu ontem é coisa séria e abrange muito mais do que um jogo de futebol.

Apesar da ausência de evidências conclusivas, é fato que este Brasileirão está mais que comprado, como foi em 2005, como foi em 74 e outros por aí...

Ainda mais sendo ano do centenário, grata coincidência.

14 de novembro de 2010 às 17:54
Mário Gomide disse...

Bom, vamos lá. Sei que vcs são cruzeirenses, ou pelo menos a maioria e estão decepcionados com o jogo de ontem. Mas não se esqueçam que esse pênaltis são marcados aqui direto, vide o primeiro jogo do Corinthians no campeonato, contra o Atlético PR, no Pacaembu. Lance mto parecido com o de ontem, que o árbitro marcou o pênalti e o Corinthians venceu por 2 a 1. O mesmo Ricci assinalou um pênalti a favor do Cruzeiro no clássico contra o Atlético-MG que foi mto contestado.
Muito provavelmente na Europa o jogo seguiria, mas aqui marcam penaltis por muito menos.


"admitir que justo ele tenha sua parcela de culpa num ato tão canalha quanto o do juiz." -> Me desculpa se eu entendi errado, mas culpar o Ronaldo pelo lance ? Parei né. O cara fez o que todos os jogadores fazem, caiu na área. O próprio Thiago Ribeiro caiu no segundo tempo em um lance que para mim não foi absolutamente nada.

14 de novembro de 2010 às 22:17
Matheus Killer disse...

Mário,

erros de arbitragem acontecem em todos os campeonatos, favorecendo todos os times. O próprio Corinthians, por exemplo, foi assaltado no jogo contra o Guarani. O problema é quando isso acontece em jogos tão importante, como contra os adversários diretos. E, convenhamos, isso tá ficando cada vez mais repetitivo em algumas das conquistas mais recentes do Corinthians (vide Brasileiro de 2005, contra o Inter, e a Copa do Brasil de 2002, contra o Brasiliense).

Sobre o trecho que você destacou, a "parcela de culpa" do Ronaldo foi exatamente essa. Tudo bem que é algo que todos os jogadores fazem, mas tentar ENGANAR o juiz é certo? E o pior da história foi justamente o lance envolvendo o Thiago Ribeiro: talvez até não tenha sido pênalti, mas, se comparado ao lance do Ronaldo perdendo o equilíbrio, podemos inferir que o Júlio César tentou aleijar o Thiago umas duas vezes. O senhor Ricci claramente usou dois pesos e duas medidas em cada um desses lances.

Obrigado pela participação, Mário!

14 de novembro de 2010 às 22:41
Mário Gomide disse...

Que isso Matheus, sempre acompanho o blog.

Mas é isso que vc falou, erros de arbitragem acontecem e sempre acontecerão. Como na final da Copa do Brasil de 2008 que o árbitro não deu um pênalti no Acosta nos últimos minutos do jogo final e o Corinthians acabou perdendo o título.
Fora que tiraram o mando de campo do jogo contra o Vasco, que será dia 28, mas o Timão conseguiu o efeito suspensivo.

Acredito muito mais em erro do árbitro ontem, do que algum complô para o Corinthians ser campeão. Se o lance não foi pênalti, foi erro do cara mesmo e não que já esteja armado para o Corinthians ser campeão. Continuo achando que o lance é discutível, eu talvez não daria o pênalti pq não sou adepto de qualquer lance ser falta, mas aqui no Brasil, como já disse, se marca pênalti por mto menos, mto menos mesmo.

Quanto ao lance do Thiago Ribeiro, o primeiro lance eu fiquei na dúvida e seria compreensível a marcação do pênalti, já o do segundo tempo eu não achei nada.

14 de novembro de 2010 às 23:02
Matheus Killer disse...

É, tô sabendo aqui que vc é chegado do Don, hahahahaha!

Tipo, não tenho a mínima condição de acusar o Corinthians de participar de algum esquema de manipulação de resultados, mesmo porque não tenho absolutamente nenhuma prova concreta, o que poderia me valer até algum processo na Justiça (duvido que alguém perderia tempo processando um estudante do 8° período de jornalismo por tão pouco, mas, como não tenho dinheiro pra pagar...).

O triste da situação é justamente o erro do juiz num momento em que a situação NÃO permite erros. E esses erros, que, conforme dito anteriormente, já aconteceram outras vezes e em outros campeonatos, acabam manchando as conquistas do Corinthians, que NÃO precisa de nada disso pra ser campeão.

Fico revoltado porque o Sandro Meira Ricci, se não agiu de má-fé, o fez por incompetência. Independente do motivo, o erro está lá, e pode ter decidido o campeonato.

14 de novembro de 2010 às 23:17
Guilherme Pedrosa disse...

Sério, discutir arbitragem no Brasil virou rotina. Para mim, isso nem é caso mais pra comissão de arbitragem. Comissão de inquérito seria o mais correto. E na boa, tá bom que esse tipo de pênalti é comum em ser marcado... marcado errado, por sinal. Porém, um erro não justifica o outro.
Sem contar que erros de arbitragem acontecem mesmo, só que o pêndulo da balança tende muito mais para certos lados do que para outros. E outra, há menos de 5 anos assaltaram o Inter, ontem parece que fizeram o mesmo com o Cruzeiro. Em 2005 não tinha nenhum "motivo" especial, 2010 é centenário...
Para quem acha o que eu tô falando absurdo e leviano, só procurar no youtube a escuta telefônica que fizeram do Dualib dois anos depois...

14 de novembro de 2010 às 23:24
Mário Gomide disse...

Certo Matheus, eu entendo a opinião de vocês.
Acho o lance discutível, o que eu não acho é esse absurdo que estão falando, como se fosse um erro inacreditável e que se tem uma mesma opinião sobre o lance. Já vi várias pessoas (que nem torcem para o Corinthians) falando que foi pênalti.

Tenso mesmo é esse aqui http://www.youtube.com/watch?v=xeJ6jEZYJZw

14 de novembro de 2010 às 23:25
Matheus Killer disse...

Que isso, Mário! O atacante do vídeo aí recebeu uma entrada criminosa do Gasparzinho! Huauhauhauhaua

E Guilherme, pena que comissão de arbitragem não resolve absolutamente nada aqui...

14 de novembro de 2010 às 23:49
Bruno Paixão (Campinas-SP) disse...

Acompanhei o jogo pelo rádio e realmente foi muito tenso, eu não torcia pro Corinthians, eu torcia pro Ralf parar o Cruzeiro. Em parte deu certo.

Mas enfim, indo ao ponto de interesse e sendo objetivo, após eu ver o VT do jogo.
2 impedimentos marcados erroneamente que prejudicaram o Cruzeiro.
Não lembro a ordem das caidas do Thiago Ribeiro, mas uma indiscutivelmente o Júlio César foi na bola, rídiculo argumentar alguma coisa, até o Thiago Ribeiro levantou e foi embora.

Segunda caída tbm dentro da área, pra mim discutível, em câmera lenta ainda tenho dúvidas se o joelho do Júlio César foi o que o derrubou ou se o Thiago largou a perna pra ser derrubado. Entretanto eu daria penalidade.

Chute de fora da área do Thiago, percebe-se que a bola é adiantada um pouco quando o William chega e o Thiago chuta o chão. Pra mim nada, nego chutou o chão.

Wellington Paulista, pelo amor, quantas vezes já vimos nego dando tranco LATERAL forte no outro ao ponto de jogar o adversário pra fora de campo e ouvirmos "Jogo de Corpo". Pra mim nada.

Penalti no Ronaldo: http://www.corinthians1910.com.br/tag/penalti/
A foto do site pretty much sums my thoughts. Cara tava com pé fora do chão e o Gil foi lotado pra cima.

No meu ver 1 penalti e 2 impedimentos. Beleza podia ter empatado ou até ganhando se os impedimentos não fossem marcados, mas como o Andrés Sanchez mesmo disse esse é o futebol, cada hora é um. Vale lembrar também o jogo contra o Guarani (eu fui no jogo na torcida do Guarani pq os ingressos do Corinthians tinham acabado)que foi o jogo mais fácil, azar a bola não ter entrado e quando entrou o juiz anulou. Legal, Corinthians estaria hj com uma vitória de diferença do Flu. Eu tava no jogo e nem pude xingar....

Reconheço 3 erros feios de arbitragem, mas não acredito em compra de campeonato não nem de árbitro, o cara tá sendo escolhido o melhor árbitro do campeonato, ano que vem provavelmente ele seria escalado pras melhores partidas pelo seu desempenho, etc. Não acreidto que o cara se venderia com tanta perspectiva positiva para sua carreira.

Costumo dizer que é fácil aloprar o time mais odiado do Brasil, mas quando o SP entregar o jogo pro Fluminense quero ver essa imprensa rosa vir falar alguma coisa. Palmeiras uniu o útil ao agradável e conseguiu a desculpa pra poder entregar o jogo (cai entre nós 3 a 0 pro Atlético de GO, fluminense vai ser 5)

Bem acho que falei demais =S e sim sou Corinthiano, surprise. Anyways abraço por trás Gabithi!

16 de novembro de 2010 às 22:46
Matheus Killer disse...

Prefiro não acreditar que o juiz foi comprado, Bruno, e sim que ele esteve numa noite infeliz. A exemplo do Cuca e de dirigentes do Cruzeiro que indicaram o próprio Sandro Ricci para o jogo, eu também o considerava o melhor juiz do campeonato, até ele prestar reverência ao Ronaldo e mostrar seu despreparo para jogos decisivos. Mas é que nem eu disse no final do post, torcedor não tem culpa pela ruindade do árbitro, e, portanto, comemore a liderança... pelo menos por enquanto =P uahuahuhauhauhau

Em tempo: tenho lá minhas dúvidas se o São Paulo vai mesmo entregar o jogo pro Fluminense. O Palmeiras, eu tenho certeza que vai.

Obrigado pela participação!

16 de novembro de 2010 às 23:18
Vovó Hermínia disse...

O objetivo da matéria eu sei que foi o melhor possível, mas as coisas não podem funcionar desta maneira no mundo do jornalismo. Não se é jornalista quando seu interesse está acima dos fatos. O sr. Sandro deu motivos suficientes com o apito na boca para que se fosse imparcial e ainda sim o incriminasse pelo que fez no sábado com o Cruzeiro.
Falar do Ronaldo é um pouco de audácia demais, ele fez como o Mário disse o que atacantes fazem muitas vezes na área, caiu pedindo penalti. A partir disso colocar em questão o caráter de um ídolo já é demais, pois aposto que se ele tivesse caído dentro da área do Stade de France em 1998 antes dos 27 minutos do 1o. tempo e o juiz marcasse penalti, nem o garoto de 9 anos nem seus pais reclamariam de tal ocorrido.
Contesta-se a boa ou má fé do sr. Sandro Meira Ricci no jogo citado. Constesta-se também a maneira com que a imprensa trata os fatos, sim, não são meras especulações sobre a corrupção do juiz, SÃO FATOS.
Gostei do teor da matéria mas não gostei de como foi apresentada, perdoe-me algum comentário infeliz. Um Abraço!

17 de novembro de 2010 às 14:07
Vovó Hermínia disse...

E quanto as comissões de arbitragem, em lugar nenhum do mundo elas resolvem, não há como anular, ou remarcar jogos sem provas concretas de manipulação de resultados. Revoluções independente de seu teor têm de ser feitas por fora, por dentro jamais. Marx escreveu que a justiça é feita a partir do momento que a classe prejudicada se une e se revolta. Ele não estava falando de eleições, estava falando de guerra. Com o perdão da metáfora, isso é uma luta, naquele jogo não só o Fabrício mas todos os jogadores cruzeirenses teriam que deixar o campo. Não só o Perrela deveria ter falado, mas também o Kalil. Em 2005 não só a diretoria do Internacional mas também a do Grêmio. Crescer à mercê do futebol paulista e carioca tem se demonstrado quase impossível. Os times deveriam estar unidos contra isso, mas não estão. o ódio e a gozação são para os torcedores.

17 de novembro de 2010 às 14:17
Matheus Killer disse...

Torrent, meu velho,

não vou falar sobre o primeiro comentário porque não há necessidade: assino embaixo de cada palavra. Portanto, responderei apenas ao primeiro.

Não foi o caráter do Ronaldo que eu coloquei em xeque, loooonge disso. Não foi bem o que eu quis dizer com "culpa". O que me incomoda é que, se o herói de Yokohama em 2002 fosse o Thiago Ribeiro, ele é quem marcaria o pênalti no grito, com o aval do Ricci.

Você disse, abre aspas, que "não se é jornalista quando seu interesse está acima dos fatos" (caramba, tá tentando me derrubar? Hahahahahaha). Não falou nada errado, brother, mas esqueceram de avisar isso pra certas emissoras de rádio e TV (respectivamente de Minas e de São Paulo, e, embora eu não possa citar o nome, nós sabemos quais são) em diversas ocasiões. Não acho que coloquei MEU interesse acima dos fatos... tá certo que o fato de estarmos num blog opinativo não serve de desculpa para tratar nossas opiniões como verdades absolutas, mas não sou só eu quem acha que o juiz errou só para um lado nesse jogo. Vi corintiano (e nesse mesmo tópico temos o Bruno para ilustrar) e dúzias de atleticanos concordando com isso.

Além do mais, sou jornalista, mineiro e cruzeirense e a ordem desses fatores não altera o produto. Faço questão de sempre deixar isso explícito para quem acompanha nosso blog - às vezes até ajuda a entender os posts, inclusive.

Espero não ter exagerado nas respostas, mas, qualquer coisa, a gente se acerta por MSN. Huahauhauhu

17 de novembro de 2010 às 21:58
Guilherme Pedrosa disse...

Isso aqui tá rendendo...

Mas isso que é o bacana.

Pra começar, desculpe se estou ofendendo ou fazendo alguém chorar, mas a imparcialidade é um mito. Nunca existiu e nunca existirá.

Eu tenho minhas vivências, o Matheus tem as dele, o Torrent, idem e nenhum de nós, ou quem quer que seja, vai conseguir se livrar delas. Só por isso, a imparcialidade já foi pro espaço há muito tempo. É muito mais digno deixar tudo às claras e admitir predileções futebolísticas do que cometer certas obscuridades como muito nêgo faz. Só pra constar, o PVC admite que é palmeirense e não é isso que o faz ser melhor ou pior jornalista. O conteúdo conta muito mais.

Em relação aos conflitos do jogo, já disse uma vez e repito. Aqui no Brasil, ninguém sabe de nada, ninguém viu nada e ninguém faz nada. Maldita passividade! Não é uma questão de acusar aleatoriamente, nem de cometer injustiças, mas, sim, de apuração. Apuração que deveria ser policial faz tempo. O problema é o discurso furado de que não pode falar, não pode investigar, não se pode suspeitar porque é "leviano".

É por isso que as coisas estão assim. Se o Ricci fosse um pouco esperto seria o primeiro a pedir investigação só para pararem com a conversa fiada. Mas, não... ir para Nova York é muito mais fácil.

P.S: "Espero não ter exagerado nas respostas, mas, qualquer coisa, a gente se acerta por MSN. Huahauhauhu"
Matheus, chamou na chincha, é? IUAHiuA

17 de novembro de 2010 às 22:43

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