Não é pra qualquer um – Ser honesto ou ser campeão?
No melhor estilo Arena Sportv de começar o programa, “vamos tratar hoje do assunto ética no esporte”. Até onde, caro leitor, você acredita que o fair play é válido? Em qualquer momento de uma competição? Ou se deve ignorar essa “regra”, caso o título dessa competição esteja muito próximo?
Um exemplo que trago hoje é o de um dos esportes que costumo escrever sobre neste blog – o ciclismo. Na edição deste ano da Volta da França - competição que, como explicitei em um de meus textos, é uma das que mais amo -, o vencedor foi o grande Alberto Contador. Foi o terceiro título do espanhol, que teve méritos na vitória, mas talvez não 100% deles.
Na 15ª das 20 etapas, Contador era o segundo na classificação geral, 31 segundos atrás do jovem Andy Schleck. Quase no fim dessa etapa, os dois ciclistas se encontravam próximos, o que não mudaria nada na disputa pela camisa amarela (a camisa amarela é usada pelo líder geral do Tour, para que este se destaque no meio do pelotão). Mas Schleck foi ousado e optou por realizar um ataque, para se distanciar de Contador e aumentar alguns segundos na classificação.
Durante o ataque, sua corrente se soltou (confira o vídeo abaixo)! É difícil afirmar se foi um erro na passagem de marcha ou se foi um mero “azar”. No Tour de France, se preza muito a honestidade, ou seja, se aproveitar do erro do adversário não agrada muito o público. Mas quem disse que Contador (de camisa azul claro e amarelo) se importa? Na mesma hora, ao ver Schleck parado, ele “sprintou” (pedalou forte) e acabou com a diferença de tempo, tomando a camisa amarela e confirmando o tri-campeonato quatro dias mais tarde.
Nas etapas seguintes, Contador foi vaiado todas as vezes em que subiu ao pódio. Talvez o episódio da briga com Lance Armstrong no ano anterior, quando eram da mesma equipe e ambos queriam ser o capitão da mesma, tenha pesado para que Contador fosse considerado o vilão da história.
Ele afirmou que não viu que Schleck estava com problemas mecânicos e que, se tivesse visto, não daria o sprint. Tá bom!
Mas o que dizer, leitor? O que pensa sobre essa atitude? Foi covardia ou estratégia? O que você faria?
Um adendo
Para os que não acham graça em ciclismo, mas que estão pensando em dar, pelo menos, uma espiada no esporte para depois tirar conclusões sobre se é ruim ou não (coisa que fiz com todos os esportes que gosto), confiram o vídeo abaixo. É o duelo entre Schleck e Contador na montanha mais dura do Tour, o Col du Tourmalet, na etapa 17. No curto tempo em que acompanho Le Tour, foi o momento mais emocionante que acompanhei e ao vivo. Confira.
Um exemplo que trago hoje é o de um dos esportes que costumo escrever sobre neste blog – o ciclismo. Na edição deste ano da Volta da França - competição que, como explicitei em um de meus textos, é uma das que mais amo -, o vencedor foi o grande Alberto Contador. Foi o terceiro título do espanhol, que teve méritos na vitória, mas talvez não 100% deles.
Na 15ª das 20 etapas, Contador era o segundo na classificação geral, 31 segundos atrás do jovem Andy Schleck. Quase no fim dessa etapa, os dois ciclistas se encontravam próximos, o que não mudaria nada na disputa pela camisa amarela (a camisa amarela é usada pelo líder geral do Tour, para que este se destaque no meio do pelotão). Mas Schleck foi ousado e optou por realizar um ataque, para se distanciar de Contador e aumentar alguns segundos na classificação.
Durante o ataque, sua corrente se soltou (confira o vídeo abaixo)! É difícil afirmar se foi um erro na passagem de marcha ou se foi um mero “azar”. No Tour de France, se preza muito a honestidade, ou seja, se aproveitar do erro do adversário não agrada muito o público. Mas quem disse que Contador (de camisa azul claro e amarelo) se importa? Na mesma hora, ao ver Schleck parado, ele “sprintou” (pedalou forte) e acabou com a diferença de tempo, tomando a camisa amarela e confirmando o tri-campeonato quatro dias mais tarde.
Nas etapas seguintes, Contador foi vaiado todas as vezes em que subiu ao pódio. Talvez o episódio da briga com Lance Armstrong no ano anterior, quando eram da mesma equipe e ambos queriam ser o capitão da mesma, tenha pesado para que Contador fosse considerado o vilão da história.
Ele afirmou que não viu que Schleck estava com problemas mecânicos e que, se tivesse visto, não daria o sprint. Tá bom!
Mas o que dizer, leitor? O que pensa sobre essa atitude? Foi covardia ou estratégia? O que você faria?
Um adendo
Para os que não acham graça em ciclismo, mas que estão pensando em dar, pelo menos, uma espiada no esporte para depois tirar conclusões sobre se é ruim ou não (coisa que fiz com todos os esportes que gosto), confiram o vídeo abaixo. É o duelo entre Schleck e Contador na montanha mais dura do Tour, o Col du Tourmalet, na etapa 17. No curto tempo em que acompanho Le Tour, foi o momento mais emocionante que acompanhei e ao vivo. Confira.
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