"Crônica F.C." - Maldito Imediatismo
Teoricamente esse texto seria anacrônico, pois Adílson Batista nem é mais treinador do Cruzeiro.
Fora demitido inclusive do clube que o contratou após deixar o comando azul-celeste. Foi dispensado, mas não sai de cena, grandes clubes já sondam o treinador mais bem sucedido pelas bandas azuis depois de Luxemburgo em 2003.
Fuçando em meus arquivos achei isso aqui...
"Adílson Dias Batista, ex-zagueiro da seleção brasileira, Cruzeiro, Grêmio, Corinthians dentre outros times. Há nove anos é técnico de futebol.
Os títulos (ainda) são poucos, apenas alguns estaduais como o Mineiro, Catarinense e Potiguar. Porém, seus times demonstram uma organização tática e eficiência nos contra-ataques fora do comum.
Além disso, acumula alguns feitos notáveis como o vice-campeonato da Série C, logo, em seu primeiro trabalho; livrar Grêmio e Paysandu, respectivamente, do rebaixamento; duas goleadas históricas em cima do maior rival. Tudo isso, sem contar que Adílson é o técnico que mais dirigiu e venceu com o Cruzeiro na Copa Libertadores da América e foi um dos responsáveis pela recuperação espetacular do clube no segundo semestre de 2009, o que acabou valendo outra vaga na competição mais importante das Américas. Fato curioso é que os números apresentados por Adílson na LA são melhores do que os de muitos clubes brasileiros, Coritiba, Fluminense e Atlético-MG, por exemplo.
Outra característica marcante do trabalho de AB é o desenvolvimento de seus jogadores. Uma lista grande de jogadores como Ramires, Charles, Jonathan, Wagner, Guilherme, Elicarlos, Henrique, Diego Renan, Marcelo Moreno e Thiago Ribeiro se desenvolveram com o técnico.
Só que nem sempre tudo correu bem para o técnico azul-estrelado. Eliminações inesperadas como a da LA de 2008, Mineiro 2010, problemas com a imprensa mineira e alguns conflitos com a torcida, constantemente, abalam o treinador que é acusado de ser medroso e inventor.
A falta de títulos é o principal argumento dos que defendem a saída de Adílson, para os imediatistas é absurdo a falta de títulos importantes. Só que eles esquecem que esse é um problema que vem desde a saída do técnico Luxemburgo, em fevereiro de 2004. Não exclusivo do AB. Técnicos muito mais tarimbados e caros passaram por aqui como Leão, perto de seu auge, e Paulo Autuori. Não duraram seis meses e nem chegaram perto do que AB vem fazendo.
Só para constar, Alex Ferguson e Rinus Michels tiveram que esperar quatro anos para conquistar os primeiros títulos com Manchester Utd. E Barça, respectivamente. Hoje, Alex Ferguson é tido como mago e Rinus Michels como o melhor técnico da história.
Isso seria perfeito, se Adílson não estivesse no Brasil. E pior, não treinasse um time que a torcida primava pela exigência, mas isso mudou. A exigência deu lugar à impaciência, burra por sinal. Algo que me faz lembrar certos times que quando vencem são os melhores do mundo; quando perdem, ninguém presta.
E não é que com o AB, é assim mesmo? Maldito Imediatismo!"
Triste é ver que o tal imediatismo andou dando as caras novamente.
Comentem, meus caros.
Fora demitido inclusive do clube que o contratou após deixar o comando azul-celeste. Foi dispensado, mas não sai de cena, grandes clubes já sondam o treinador mais bem sucedido pelas bandas azuis depois de Luxemburgo em 2003.
Fuçando em meus arquivos achei isso aqui...
"Adílson Dias Batista, ex-zagueiro da seleção brasileira, Cruzeiro, Grêmio, Corinthians dentre outros times. Há nove anos é técnico de futebol.
Os títulos (ainda) são poucos, apenas alguns estaduais como o Mineiro, Catarinense e Potiguar. Porém, seus times demonstram uma organização tática e eficiência nos contra-ataques fora do comum.
Além disso, acumula alguns feitos notáveis como o vice-campeonato da Série C, logo, em seu primeiro trabalho; livrar Grêmio e Paysandu, respectivamente, do rebaixamento; duas goleadas históricas em cima do maior rival. Tudo isso, sem contar que Adílson é o técnico que mais dirigiu e venceu com o Cruzeiro na Copa Libertadores da América e foi um dos responsáveis pela recuperação espetacular do clube no segundo semestre de 2009, o que acabou valendo outra vaga na competição mais importante das Américas. Fato curioso é que os números apresentados por Adílson na LA são melhores do que os de muitos clubes brasileiros, Coritiba, Fluminense e Atlético-MG, por exemplo.
Outra característica marcante do trabalho de AB é o desenvolvimento de seus jogadores. Uma lista grande de jogadores como Ramires, Charles, Jonathan, Wagner, Guilherme, Elicarlos, Henrique, Diego Renan, Marcelo Moreno e Thiago Ribeiro se desenvolveram com o técnico.
Só que nem sempre tudo correu bem para o técnico azul-estrelado. Eliminações inesperadas como a da LA de 2008, Mineiro 2010, problemas com a imprensa mineira e alguns conflitos com a torcida, constantemente, abalam o treinador que é acusado de ser medroso e inventor.
A falta de títulos é o principal argumento dos que defendem a saída de Adílson, para os imediatistas é absurdo a falta de títulos importantes. Só que eles esquecem que esse é um problema que vem desde a saída do técnico Luxemburgo, em fevereiro de 2004. Não exclusivo do AB. Técnicos muito mais tarimbados e caros passaram por aqui como Leão, perto de seu auge, e Paulo Autuori. Não duraram seis meses e nem chegaram perto do que AB vem fazendo.
Só para constar, Alex Ferguson e Rinus Michels tiveram que esperar quatro anos para conquistar os primeiros títulos com Manchester Utd. E Barça, respectivamente. Hoje, Alex Ferguson é tido como mago e Rinus Michels como o melhor técnico da história.
Isso seria perfeito, se Adílson não estivesse no Brasil. E pior, não treinasse um time que a torcida primava pela exigência, mas isso mudou. A exigência deu lugar à impaciência, burra por sinal. Algo que me faz lembrar certos times que quando vencem são os melhores do mundo; quando perdem, ninguém presta.
E não é que com o AB, é assim mesmo? Maldito Imediatismo!"
Triste é ver que o tal imediatismo andou dando as caras novamente.
Comentem, meus caros.
3 comentários:
Entendo e respeito a diferença de opiniões... Mas, enfim concluo que sou bem imediatista, de acordo com a crônica. Acho mesmo que o Cruzeiro só conseguiu o que conseguiu na época de Adilson porque tinha um time de qualidade. Principalmente as substituições - ou a falta delas - realizadas pelo ex-técnico da Raposa impediram o time de conquistar tantos merecidos títulos. Não acho Adilson Batista um mau técnico... mas suas "invencionices" nem sempre dão muito certo... O time que AB comandou pelo Cruzeiro não era inferior ao Cruzeiro de hoje, na minha opinião. No entanto, com Cuca (com quem, confesso, sempre tive minhas dúvidas...), o time celeste teve uma incrível ascensão e é o atual líder! Porque, no final, tudo nos leva aos títulos. E os corinthianos agora provaram da decepção que o Cruzeiro teve com Adilson. Foram dois anos e meio de expectativas frustradas... não acho que isso seja imediatismo.
13 de outubro de 2010 às 23:30Pois então, concordo com tudo o que disse na crônica, maldito imediatismo! O Adílson montou esse bom time, não dá pra ser campeão tão rápido. Deu o azar de pegar um time cascudo de Libertadores na final, a experiência venceu, mas o time ainda tem muitos frutos a dar. A grande diferença do time de Adílson para o do Cuca chama-se Walter Montillo, na minha opinião, o craque do brasileiro até agora. Boa crônica.
14 de outubro de 2010 às 19:23É fato o que o Torrent falou sobre ele ter montado esse time, mas o que a Giovana disse, faz sentido também. Querendo ou não, Adilson é inexperiente. Cuca está mostrando a diferença da experiência. Tem Montillo? Sim, mas o time todo está muito aplicado, a defesa está muito forte. O Adilson precisa aprender muita coisa e é errando que se aprende. Mas a cota de erros dele por aqui já havia se esgotado. A frase da Giovana cocnlui perfeitamente: "Foram dois anos e meio de expectativas frustradas... não acho que isso seja imediatismo."
14 de outubro de 2010 às 22:45Postar um comentário